A cidade de Belo Horizonte e o Distrito Federal se preparam para a reabetura econômica na próxima semana. Mais de dois meses depois de ter a atividade econômica reduzida por causa da pandemia do novo coronavírus, Belo Horizonte vai reabrir o comércio na segunda-feira (25), com horário pré-fixado para o funcionamento de lojas, restrição no número de clientes nos estabelecimentos e obrigatoriedade do uso de máscaras.
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Já no Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha, assinou na sexta-feira (22) um decreto para liberar o funcionamento de shopping centers, centros comerciais e o comércio em geral a partir da próxima quarta-feira (27). O comércio está fechado desde 19 de março em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Em Belo Horizonte, o retorno envolve salões de beleza, com horário marcado, lojas do setor de varejo, como móveis, shoppings populares e papelarias. Bares e restaurantes estão fora da fase inicial de reabertura, assim como shoppings centers. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 22, pelo comitê de infectologistas da prefeitura da cidade mineira. O fechamento do comércio ocorreu em 18 de março.
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O prefeito Alexandre Kalil (PSD) não participou da apresentação do programa de reabertura. O médico Jackson Machado, que integra o comitê, itiu temor em relação ao início da retomada do comércio na cidade. “O momento me traz um pouco de medo. Não sabemos o que vai acontecer”, afirmou.
O acompanhamento para manutenção do processo de reabertura, ou sua interrupção, caso seja necessária, levará em conta três critérios: o nível de transmissão da doença e o número disponíveis de leitos específicos para pacientes de covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e em enfermarias.
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A elaboração do programa levou em consideração a circulação de pessoas na cidade, por isso os horários pré-estabelecidos para o retorno. Shoppings populares podem funcionar das 11h às 19 horas. Salões de beleza, das 7h às 21 horas. Além do horário marcado, há proibição de uso de toalhas de pano e definição para que haja intervalo de 30 minutos entre um cliente e outro.
A decisão de permitir a volta dos shoppings populares, e não dos shoppings centers, deve-se ao número de trabalhadores em cada um dos setores. No caso dos primeiros, segundo o infectologista, o total de trabalhadores é de 2 mil, quantidade menor que a dos outros shoppings, conforme o médico. “Dessa forma, permite-se que o número de pessoas circulando seja diluído ao longo do dia” justificou Machado.