A plataforma da Uber no Brasil vai expandir o Uber Moto para Campo Grande. A nova modalidade permite que os usuários do app possam se deslocar pela cidade de motocicleta, por um preço menor do que o do UberX, no entanto a notícia tem feito mototaxistas temerem a falta de emprego por conta da concorrente.
Sérgio Luiz Carvalho, de 58 anos, trabalha como mototaxista há 24 anos e está muito preocupado com a novidade.
O motociclista explica que entende que o serviço oferecido pelo aplicativo é bom para a população, mas teme que não consiga mais trabalhar.
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De acordo com ele, a chegada da uber em setembro de 2016 já modificou bruscamente o cenário de sua profissão.
“Só com a chegada da uber, nós mototaxistas e os taxista sentimos queda de 70% nos nossos ganhos, antes o ponto que eu trabalho tinha 15 mototaxistas, mas agora estamos apenas em três”.
Segundo Sérgio, o aplicativo é um concorrente desleal, visto que não tem as mesmas obrigatoriedades que um mototaxista cadastrado no município.
“Pagamos impostos para poder rodar na cidade, temos obrigatoriedade de trocar as motos de cinco em cinco anos, somos obrigados a fazer cursos de capacitação, a concorrência é desleal pois somos cobrados de forma diferente”, pontuou.
Por fim o mototaxista esclarece que vai ter que buscar outro trabalho, pois não será capaz de competir com os preços do aplicativo.
“Os valores cobrados pelo aplicativo por viagem é muito baixo, isso não da nem para fazer revisão na moto, eu não tenho estrutura para competir com app, logo vou ter que procurar outro trabalho”.
A expectativa é de que a modalidade esteja disponível para os usuários em algumas semanas, afirma Tiago Lambuca, gerente de operações da Uber.
“As viagens de moto já fazem parte da rotina de muitos brasileiros, então, para que sejamos realmente o app que faz parte do dia a dia das pessoas, era importante que também tivéssemos essa opção”.
Entregadores parceiros que usam motocicleta e já estão cadastrados no Uber Eats podem optar por também fazer viagens de Uber Moto.
Para dirigir na modalidade, o motociclista parceiro precisa ter 21 anos ou mais, ter CNH há ao menos dois anos e ter no documento a observação de atividade remunerada (EAR).
