Thiago dos Santos Conceição virou assunto da semana depois que alguns de seus alunos transformaram uma aula num episódio de humilhação e violência.
No entanto, infelizmente, cenas como essa são cada vez mais comuns em salas de aula das escolas brasileiras. Um estudo do Sindicato dos Professores do estado de São Paulo revela: 51% dos integrantes da categoria já sofreram algum tipo de agressão na escola.
O Fantástico conversou com Thiago sobre o episódio e mostra um pouco da vida do professor.
Subiu para seis o número de investigados poragredir e humilhar um professor em uma escola de Rio das Ostras, no interior do Rio. O delegado Carmelo Santalucia, da 128ª Delegacia de Polícia, ouviu o professor Thiago dos Santos Conceição, de 31 anos, na tarde deste sábado (22) e disse que as ofensas vinham evoluindo e tinham cunho racista e homofóbico.
“O depoimento da vítima era muito aguardado. Ele pediu um prazo para se apresentar porque aquele tipo de ofensa o abalou psicologicamente. Ele nos disse que não foi a primeira vez e percebia o aumento no tipo de ofensas relacionadas a ele”, disse Carmelo Santalucia.
Santalucia falou que inicialmente a polícia trabalhava com a hipótese de que quatro jovens teriam praticado o crime. Depois de ouvir as testemunhas e a vítima, o número de suspeitos subiu para seis.
Entre os investigados estão cinco adolescentes e um maior de idade, que pode ser indiciado pelo crime de corrupção de menores.
O professor apresentou para o delegado um documento que comprova que as ofensas já haviam sido comunicadas à direção e que o caso foi registrado istrativamente pela escola.
O delegado afirmou que se constatar que houve omissão por parte da escola, os responsáveis também poderão ser investigados.
A segunda etapa das investigações da Polícia Civil será intimar todos os jovens para que contem suas versões do fato. Depois de ouvi-los, a polícia poderá esclarecer o que cada um praticou dentro de tudo que foi mostrado no vídeo.
Ambiente escolar?
A polícia realizou uma perícia no Ciep Municipal Mestre Marçal e encontrou pichações de órgãos sexuais e que faziam apologia a facções criminosas.
A polícia informou que a direção da escola disse que essa situação é corriqueira na unidade.
“Até do surgimento desse fato, não tínhamos noticias de crimes praticados no interior dessa escola, mas depois dessa denúncia, surgiram outras pessoas denunciando fatos parecidos”, informou o delegado.