Enem ‘não é desse ou daquele governo, é um exame do Brasil’, diz presidente do Inep
Em entrevista ao G1, Maria Inês Fini afirmou que, depois de 20 edições, exame recebeu modificações em relação à concepção inicial, mas manteve ‘grande qualidade e respeitabilidade’.
Responsável pela aplicação do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa neste domingo (4), Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Estatísticas Anísio Teixeira (Inep), também esteve por trás da própria criação do Enem, em 1998, quando integrou a equipe do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em entrevista ao G1, a educadora disse acreditar que a consolidação do Enem como política pública transcende as gestões do governo federal, e não deve sofrer muitas alterações após a posse de Jair Bolsonaro, presidente eleito no último dia 29.
“Tenho certeza absoluta, a maior convicção”, afirmou Fini. “Não é desse ou daquele governo, é um exame do Brasil. Inclusive as minhas mais otimistas expectativas é que [o Enem] consiga continuar assim, forte, ajudando mesmo os jovens brasileiros a disputar, com bastante honestidade, uma vaga para o ensino superior. Tenho as melhores expectativas.”
A equipe de transição começa a trabalhar em Brasília a partir de segunda (5). Bolsonaro anunciou 5 ministros, mas não decidiu ainda sobre o ministro da Educação e se a pasta sofrerá alterações. O presidente eleito estuda mudanças e pretende enxugar o número de ministérios.
A Educação pode incorporar os ministérios da Cultura e do Esporte, de acordo com reportagem publicada pelo O Globo na última quarta (31). Segundo o jornal, está sendo estudado a possibilidade de o ensino superior ser incorporado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas nada foi anunciado oficialmente pelo novo governo.