Aproveitando os 50 metros de comprimento, Antônio Loureiro, de 75 anos, já perdeu as contas de quantas vezes mudou completamente o aspecto do jardim. Há 13 anos no Taveirópolis, ele conserva o amor pelas plantas deixado pela mãe e os aprendizados de construções pantaneiras para sempre ter um cenário novo.
Desde plantas medicinais até ornamentais, cada espécie tem seu lugar guardado na memória do auxiliar de enfermagem aposentado. Enquanto na mente de Antônio elas parecem ser um pouco mais fixas, no jardim “rotativo” seus espaços são realmente temporários.
“Se você voltar aqui semana que vem, tudo já vai estar em outro lugar. E se demorar um pouco mais, até o concreto que está vendo no chão vai estar diferente porque a gente quer mudar ainda mais”, resume o proprietário.
Comandando a área verde, ele explica que sua família morou por um bom tempo em casas pantaneiras e daí surgiu a facilidade de reconstruir o que quiser. “A madeira das casas apodrecia e aí você precisava refazer tudo. Então minha família ia ajustando, construindo de novo e desde cedo aprendi a cortar madeira, fazer uma coisa ou outra. Na infância você aprende de tudo. Agora aqui eu é que refaço”.
Cisne compõe o lado decorado do gramado no Taveirópolis. (Foto: Aletheya Alves)
Gosto pelas plantas foi herança deixada pela mãe. (Foto: Aletheya Alves)
Materiais que seriam jogados fora se transformam em vasos coloridos. (Foto: Aletheya Alves)
Seja com as espécies enraizadas no chão ou com aquelas distribuídas por vasos, cada uma acaba ganhando um novo “lar” quase que semanalmente. “Essas na bicicleta mesmo eu arrumei faz pouco tempo, daqui a pouco a gente muda elas para outro lugar. Vamos adaptando conforme nosso gosto”.
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