responsável pela droga e pelo armamento e ainda por posse de pistola 9 mm, depois de cumprimento de mandado na república onde vive junto com o também policial Elvis Elir Camargo Lima, 46 anos, que trabalha na cidade fronteiriça.
O quarto onde, durante buscas da Operação Omertà na sexta-feira (22), foram encontrados 45 gramas de cocaína e munições contrabandeadas, na Vila Laricia, em Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande, era usado pelos policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo, de 60 anos, e Frederico Maldonado Arruda, 56 anos, embora eles sejam lotados em Campo Grande. A informação consta do depoimento dado depois da prisão do escrivão Rafael Grandini Salles, 35 anos, autuado como responsável pela droga e pelo armamento e ainda por posse de pistola 9 mm, depois de cumprimento de mandado na república onde vive junto com o também policial Elvis Elir Camargo Lima, 46 anos, que trabalha na cidade fronteiriça.
Frederico, conhecido como “Fred”, e Elvis Elir, apelidado de “Lima”, estão presos desde o dia 27 de setembro, quando foi deflagrada a Omertà, contra milícia armada à qual são atribuídas execuções ocorridas em Campo Grande há pelo menos uma década. Vladenilson, o “Vlad”, é apontado pelas investigações como um dos integrantes do núcleo da gerência da organização criminosa identificada. Estaria, no organograma, abaixo apenas de Jamil Name, 80 anos, e Jamil Name Filho, 42 anos. Cumpre a pena preventiva em unidade penal federal de Mossoró, Rio Grande do Norte, mesmo lugar onde estão os Name.
“Fred” e “Lima”, emboram tenham casa em Campo Grande, são lotados em Ponta Porã, onde foram presos. “Vlad” é policial civil aposentado e de acordo com os detalhes da Omertà já tornados públicos, todos faziam viagens frequentes de Campo Grande a Ponta Porã. Nelas, cumpriam tarefas legais e ilegais para a família apontada como comandante da milícia armada, dizem os investigadores.
Pelo depoimento de Rafael Grandini Salles, a “casa” do gerente da quadrilha na cidade era a república dos outros colegas. Lá, diz ainda o policial civil preso mais recentemente, também havia o ponto de encontro de estudante de Medicina no País vizinho. Lá já estão Elvis Elir e Frederico. Vlad e ainda Márcio Cavalcanti da Silva, o “Corno”, estão em Mossoró, Santa Catarina.
Como a prisão de Rafael foi em flagrante, ele tem previsão de ar nesta segunda-feira 25, por audiência de custódia no Fórum de Campo Grande. Na hora da prisão, não foi arbitrada fiança por se tratar de crimes, somados, com pena maior do que 4 anos: receptação, posse ilegal de armamento e tráfico de drogas.

Trata-se, segundo a descrição feita à polícia, uma casa grande, com três quartos, sala, copa, cozinha e ainda piscina.