Os profissionais de enfermagem da Santa Casa de Campo Grande decidem na terça-feira (3), sobre a possibilidade de paralisação da categoria. A Assembleia Geral está prevista para acontecer no saguão principal da unidade de saúde.
Segundo o Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Mato Grosso do Sul), o enfermeiro Lázaro Santana, o motivo é a superlotação da unidade, a insatisfação com as condições de trabalho e a sobrecarga enfrentada pelos profissionais.
“Está faltando enxoval para os pacientes, alguns chegam a ficar sem banho. Alguns aguardam o dia todo por uma vaga, sentados em cadeiras ou em macas. Quando são levados para o setor, muitas vezes acabam no corredor. A situação é lamentável. Além disso, nossa equipe de enfermagem está trabalhando com um número reduzido de profissionais, e com excesso de horas extras. O cansaço físico e mental é intenso, e muitos não estão aguentando mais essa sobrecarga devido à superlotação”, afirmou Santana.
O Siems informou ainda que notificou a situação ao Ministério Público do MS, Ministério Público do Trabalho e Conselho Estadual de Enfermagem. A entidade interpelou a direção da entidade, que teria respondido que o fato se deve ao aumento da complexidade dos pacientes e tal situação já teria sido reado em ofícios e reuniões as autoridades em saúde pública do município e Estado (Ministério Público Estadual, Secretaria Municipal de Saúde e Secretária Estadual de Saúde).
A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o Hospital Santa Casa e questionou toda a situação. Até o momento desta publicação, não houve retorno. O espaço segue aberto para posicionamentos.