O PROS (Partido Republicano da Ordem Nacional) decidiu neste sábado (11) destituir o presidente nacional da sigla, Eurípedes Junior. Ele é acusado de desviar recursos dos fundos partidário e eleitoral e de lavagem de dinheiro.
Segundo nota divulgada na sigla, a destituição foi decidida de maneira unânime e Eurípedes Junior também foi suspenso.
Os dirigentes ainda decidiram suspender o Diretório Nacional e nomear uma Comissão Executiva Nacional Provisória, que vai ficar à frente da sigla até a realização de uma Convenção Nacional, na qual será escolhida nova cúpula.
Em nota, o partido afirmou que a, desde 2015, por grandes “constrangimentos” e um “considerável número de desfiliações”.
Na ocasião, Eurípedes Junior adquiriu, “para uso pessoal”, um helicóptero que custou R$ 2,4 milhões com recursos do Fundo Partidário. A nota também citou a compra de aviões e imóveis luxuosos, o que chamou atenção da imprensa.
A partir do ano seguinte, o ex-presidente colecionou uma série de acusações. Em 2018, alvo da operação Partiallis, chegou a ter o mandado de prisão expedido, se entregou à Polícia Federal, mas não foi preso por causa da lei eleitoral.
Em 2019, investigações da Polícia Federal indicaram desvios de mais de R$ 5 milhões em dinheiro público, que deveria ser destinado à manutenção da sigla e às campanhas de candidatos do Pros. No mesmo ano, a Polícia Civil de Goiás acusou o então presidente de lavagem de dinheiro.
“De acordo com as investigações, duas empresas “laranjas” receberam mais de R$ 4 milhões do PROS, numa operação de lavagem de dinheiro”, diz a nota.
No documento, o PROS destacou que Eurípedes fez uma gestão “patrimonialista” e chamou atenção para os “sinais exteriores de riqueza”, com “hospedagem em hotéis de luxo, aquisição e uso pessoal de imóveis luxuosos e o uso de diversas empresas em operações duvidosas”.
O Pros ainda afirmou que iniciou, em agosto de 2019, um processo interno, que não foi contestado por Eurípedes, apesar das oportidades de defesa.