A ilha indonésia de Sulawesi, que foi atingida por um forte terremoto seguido de tsunami, enfrenta nesta quarta-feira (3) a erupção do vulcão Sotupan. O número de mortos na catástrofe de sexta-feira (28) subiu para 1.407 e equipes de resgate seguem mobilizadas em busca de sobreviventes.
Ainda não há relato de vítimas do vulcão, que fica a cerca de 600 km de Palu e Donggala, as duas cidades mais devastadas pelo terremoto e pelo tsunami. O vulcão, que é um dos mais ativos da ilha, emitiu uma coluna de fumaça e cinza de 4 mil metros de altura. As autoridades estabeleceram um raio de segurança de 4 km ao redor da cratera.
Terremoto e tsunami
O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho, afirmou que as autoridades acreditam que o número de vítimas do terremoto e do tsunami seguirá aumentando.
O número de feridos graves que estão hospitalizados subiu para 2.549 e o de desaparecidos chega a 113. Além disso, 70.821 pessoas estão em 141 abrigos e as autoridades já contabilizaram 65.733 casas destruídas.
Na sexta-feira (28), uma série de terremotos atingiram a ilha. O mais forte deles, de magnitude 7,5, foi seguido de um tsunami com ondas que chegaram a 6 metros de altura, que devastaram a costa.
A grande maioria das vítimas pertence a Palu, capital da província de Sulawesi e com uma população de aproximadamente 350 mil habitantes. O restante das vítimas é do distrito vizinho de Donggala e de partes de Sigi e Parigi Moutong.

Vista aérea desta quarta-feira (3) mostra destruição de Palu, na ilha de Sulawesi, na Indonésia — Foto: Antara Foto/Hafidz Mubarak A/ via Reuteurs
‘Não sobrou nada’
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, visitou as áreas atingidas e afirmou que a ajuda começou a chegar. No entanto, a distribuição ainda é muito lenta e os moradores estão desesperados.
Johnny Lim, dono de um restaurante da cidade de Donggala, contou à Reuters por telefone que está sobrevivendo com uma alimentação à base de cocos.
“É uma cidade zumbi. Tudo foi destruído. Não sobrou nada. Estamos no limite. Não há comida nem água”, afirmou ele na ligação cheia de ruídos.
Ahmad Derajat, que teve a casa destruída pelo tsunami em outra parte de Donggala, contou que os sobreviventes estão procurando alimentos em campos e bosques.