O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta sexta-feira (4) que pediu para a Polícia Federal acompanhar as denúncias de invasão de madeireiros na Terra Indígena (TI) Arara, localizada entre Uruará e Medicilândia, no sudoeste do Pará.
A reserva onde vivem cerca de 290 indígenas é uma das localidades atingidas pela construção da usina de Belo Monte, em Altamira, e é uma das áreas indígenas mais desmatadas devido a extração ilegal de madeira, segundo o órgão.
De acordo com o MPF, existem duas ações na Justiça Federal pedindo a criação de um sistema de vigilância para a área, já que a construção da usina previa o aumento de casos de extração ilegal de madeira. A medida é uma das condicionantes da obra que não foi cumprida, segundo as ações.
A reportagem solicitou nota da Norte Energia, responsável por Belo Monte, e aguarda resposta.
De acordo com a Fundação do Índio (Funai), madeireiros estão no local desde o dia 30 de dezembro. Segundo as denúncias, os invasores estariam loteando terrenos.
A Funai disse que monitora a situação e que já notificou a PF, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e MPF sobre os riscos da invasão.
Já o Ibama disse que vai articular atuação para coibir ação ilegal na área em conjunto com a Funai, MPF e PF.